LEI 11.645/08 NA PRÁTICA - PRIMEIRO PASSO NO COMBATE AO PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS POVOS INDÍGENAS

1ª SEMANA DA CULTURA INDÍGENA NA ESCOLA JOHN KENNEDY: RESPEITO AS DIFERENÇAS

As lendas, todos adoram, especialmente as que já ouviram do Daniel Munduruku (não temos ainda muitos livros com literatura indígena). Algumas características ainda eram repletas de folclorismo, como considerar todos os índios antropófagos, etc.
O inicio dos estudos realizados acerca da Cultura Indígena causaram um rebuliço total entre os pequenos, que nos bombardearam com perguntas, felizmente! Queriam saber se os índios andam nus, se comem gente, se entendem o que a gente fala, se estudam e trabalham, se todos moram em ocas, se tem o cabelo desse ou daquele jeito... ufa!!
As perguntas aumentaram quando chegaram as fotos. Foi uma chuva de: por que isso, por que aquilo...
Muitos colegas também desconheciam vários aspectos sobre o tema, mas o resultado foi surpreendente. Os professores trabalharam com artesanato, confeccionando cestos e panelas de barro, fazendo alusão ao belo artesanato indígena. Os alunos pesquisaram sobre as pinturas corporais e descobriram que nossos índios não fazem aqueles dois risquinhos coloridos que estamos acostumados a ver no rosto das crianças no dia 19 de Abril.
Até a escolha desta data para a Semana da Cultura Indígena, mês de maio, quebrou um pouco o paradigma da realização deste tipo de atividade exclusivamente no mês de abril.
O resultado do trabalho pode ser visto nas belas imagens, que envolveram aproximadamente 400 alunos, da Educação Infantil até a 4ª série.
Além de descobrir um pouco mais a respeito de algumas etnias brasileiras, os alunos também estudaram sobre Orlando Villas Bôas e Darcy Ribeiro, e conheceram a importância do trabalho que cada um realizou no meio dos nossos indígenas, bem como do Marechal Cândido Rondon. E repetindo a frase do mestre, ensinamos:

“Os índios não devem ser tratados como propriedade do Estado dentro de cujos limites ficam seus territórios, mas como Nações Autônomas, com as quais queremos estabelecer relações de amizade” Cândido Mariano da Silva Rondon, 1910